Hoje estava conversando com uma moça que está grávida e ainda não decidiu nada sobre o tipo de nascimento que quer dar ao seu bebê.... mas disse que pensa na cesárea por causa do medo da dor do parto normal...
Quando ela me disse isso fiquei pensando mil coisas... em mil motivos para uma escolha como essa (juro que sempre tento entender!) e acabei chegando à conclusão que escolher uma cesárea sem indicação alguma, só por medo da dor do parto normal é uma atitude totalmente egoísta. Sei que muitas pessoas vão me criticar, mesmo assim vou tentar explicar através de perguntas porque acho a cesárea desnecessária um ato totalmente egoísta...
Quando ela me disse isso fiquei pensando mil coisas... em mil motivos para uma escolha como essa (juro que sempre tento entender!) e acabei chegando à conclusão que escolher uma cesárea sem indicação alguma, só por medo da dor do parto normal é uma atitude totalmente egoísta. Sei que muitas pessoas vão me criticar, mesmo assim vou tentar explicar através de perguntas porque acho a cesárea desnecessária um ato totalmente egoísta...
Bom....
Espera-se que toda mãe ame incondicionalmente os filhos, faça qualquer coisa por eles. Algumas até dizem que dão a própria vida pela a dos filhos, certo??
Então como entender que na hora de colocá-los ao mundo, preferem levar em consideração somente o bem-estar DELAS?? "Estou cansada, não aguento mais essa barriga.. não vejo a hora de completar 37 semanas pra fazer a cesárea."... "Vai ser cesárea porque não quero sentir dor..." muitas dizem.
Como entender que preferem arriscar a vida dos pequenos por medo DELAS sentirem dor? E a dor (física, emocional ou mesmo ambas) que eles sentem ao ser "arrancados" sem aviso algum do seu ninho de proteção, conforto e segurança? Como você se sentiria, se fosse arrancada à força de seu quarto escuro, de sua cama quentinha, segura e confortável e fosse levada para um local totalmente estranho, frio, iluminado e cheio de gente desconhecida??
Porque as mães podem se informar, podem se preparar fisica e emocionalmente para a cirurgia, né? Mas, sem o aviso que o trabalho de parto dá, como avisar ao bebê que ele será "nascido" dessa forma? "Nascido"... porque ele não nasceu, não estreiou, ele foi "nascido" por alguém.
Como entender a realização de uma cirurgia de grande porte, cheia de riscos e pós-operatório para se enfrentar (e sabemos que isso tem influência direta na descida do leite e na formação do vínculo inicial do binômio mãe-bebê) e a aceitação de intervenções desagradáveis no bebê como a aspiração de vias aéreas superiores, porque ELAS não querem sentir nada?
Como entender que preferem pôr seus filhos em risco do que se arriscarem por eles?
Olhem só as diferenças entre esses seres.... 20..30 anos de experiências separam essas pessoas. Uma grande, outra pequena. Uma forte, outra frágil. Uma consegue se impor, falar o que é melhor para si.. a outra não. Uma consegue se proteger, a outra não!
Não é muito egoísmo uma mulher saudável, forte, cheia de experiências anteriores se colocar à frente de um ser pequeno, frágil e que não pode dar sua opinião em nada?
Espera-se que toda mãe ame incondicionalmente os filhos, faça qualquer coisa por eles. Algumas até dizem que dão a própria vida pela a dos filhos, certo??
Então como entender que na hora de colocá-los ao mundo, preferem levar em consideração somente o bem-estar DELAS?? "Estou cansada, não aguento mais essa barriga.. não vejo a hora de completar 37 semanas pra fazer a cesárea."... "Vai ser cesárea porque não quero sentir dor..." muitas dizem.
Como entender que preferem arriscar a vida dos pequenos por medo DELAS sentirem dor? E a dor (física, emocional ou mesmo ambas) que eles sentem ao ser "arrancados" sem aviso algum do seu ninho de proteção, conforto e segurança? Como você se sentiria, se fosse arrancada à força de seu quarto escuro, de sua cama quentinha, segura e confortável e fosse levada para um local totalmente estranho, frio, iluminado e cheio de gente desconhecida??
Porque as mães podem se informar, podem se preparar fisica e emocionalmente para a cirurgia, né? Mas, sem o aviso que o trabalho de parto dá, como avisar ao bebê que ele será "nascido" dessa forma? "Nascido"... porque ele não nasceu, não estreiou, ele foi "nascido" por alguém.
Como entender a realização de uma cirurgia de grande porte, cheia de riscos e pós-operatório para se enfrentar (e sabemos que isso tem influência direta na descida do leite e na formação do vínculo inicial do binômio mãe-bebê) e a aceitação de intervenções desagradáveis no bebê como a aspiração de vias aéreas superiores, porque ELAS não querem sentir nada?
Como entender que preferem pôr seus filhos em risco do que se arriscarem por eles?
Olhem só as diferenças entre esses seres.... 20..30 anos de experiências separam essas pessoas. Uma grande, outra pequena. Uma forte, outra frágil. Uma consegue se impor, falar o que é melhor para si.. a outra não. Uma consegue se proteger, a outra não!
Não é muito egoísmo uma mulher saudável, forte, cheia de experiências anteriores se colocar à frente de um ser pequeno, frágil e que não pode dar sua opinião em nada?

Se você for mãe ou está se tornando uma, pense bem em suas escolhas... e reflita se você é mesmo capaz de fazer qualquer coisa por seu filho. Se coloque no lugar dele.
Pense bem sobre o tipo de boas-vindas que você quer dar ao seu bebê... que tipo de primeira-impressão você quer que ele tenha.... que tipo de experiência sensorial, emocional e física você quer compartilhar com ele... As atitudes maternas devem começar cedo... e não somente depois do nascimento dos filhotes!
Pense nisso e abrace......
Beijos, Rê
Beijos, Rê
Comentários
Bjs.
Eu tenho SAUDADE dos meus partos; lembro com muito amor de cada contração dolorida; principalmente do último parto (qeu foi se anestesia nenhuma)e eu sei que cada um dos meus filhos tb foi beneficiado com cada contração.
Gostei muito do texto, Re. Corajosa vc, viu; te admiro!
Beijo!!
Realmente conheço varias mulheres que morrem pelo filho, mas na hora do parto não querem a dor...
Acho que toda criança deve ter o direito de nascer na hora que desejar, da mesma forma que acho que amamentação é direito e dever... direito do bb de receber e dever da mãe de dar...
Bjosss
Se puder ler meu blog e saber um pouquinho da minha história vou ficar felíz.
http://www.bonitadocepimenta.com.br/2010/11/historia-dos-meus-partos-ate-aqui.html
Beijos
Flavia, mãe de Natália 15a e Gustavo 13a e grávida de 22 semanas.
quem dera todas as gravidas e futuras gravidas entendessem o que algumas de nos entendem ja!
E atravez de textos como esse chegamos mais perto da verdade!
Como sempre tiro meu chapeu!
bjus
Muito obrigada pela visita!
Beijinhos
Penso e sinto que a questão está no trabalho emocional necessário neste período, para emponderar a mulher com o SEU desejo, e assim fazer o parto possível. Sempre digo que o melhor parto é aquele que é possível, física e emocionalmente.
Um abraço fraterno.
Adorei o texto tb.
Sou mãe de dois meninos, ambos paridos de parto normal, e o último de parto natural.
Rosângele Prado
Psicóloga Perinatal
rosangeleprado.blogspot.com
(Psicologia da Maternidade e Cuidados com a Infância)
Fiz o pré-natal com um médico terrorista, que me falava coisas horríveis sobre o PN para me desestimular (nem vou citar os absurdos que ele me dizia)... Mudei de médico aos 7 meses de gestação, tive um bom acompanhamento em todo TP, tudo certinho, dilatação total, mas no final das contas (durante o parto) meu bebê não nascia e tive que fazer uma cesárea de emergência. Mas não desisti, meu próximo bebê nasce de PN com certeza. E da próxima vez (agora com mais informação) terei uma doula me acompanhando.
Bjs.